Resenha - A cantiga dos pássaros e das serpentes - The reaDers

terça-feira, 19 de julho de 2022

Resenha - A cantiga dos pássaros e das serpentes

 


O jovem Coriolanus Snow está em uma situação complicada, mal conseguindo dinheiro suficiente para comer e usando o status de sua família para terminar os estudos. Mas, na Capital, as aparências importam e Snow faz de tudo para que a sua demonstre a grandiosidade de sua família. Coriolanus vê sua grande oportunidade surgir de nada mais, nada menos que os Jogos Vorazes, que contarão com mentoria aos tributos pela primeira vez, sendo os mentores os alunos da Academia.

O que Snow não esperava, porém, era que seu tributo fosse o menos provável de ganhar os jogos: a garota tributo do Distrito 12. Mas é claro que ele procurou todas as formas de preparar a jovem Lucy Gray Baird para o que encontraria na arena, mesmo com as dificuldades extras que a décima edição dos jogos ainda apresentava.

Encontrando o amor no lugar menos provável, o arrogante Coriolanus precisa enfrentar os colegas de turma para tentar garantir o próprio futuro e se percebe lidando com uma cientista radical que é ao mesmo tempo idealizadora chefe dos Jogos Vorazes e gosta de testá-lo, um amigo indesejado e um inimigo com autoridade. Sinceramente, acho que Panem inteira ficaria mais feliz se todos tivessem só deixado Coriolanus em paz (menos a Dra. Gaul, é claro).

Dizem que a grandeza é inerente, mas como ela será usada é um detalhe muito delicado. Assim como Katniss Everdeen anos depois, Snow também não queria se envolver em muita coisa. Ele só queria aproveitar seu bom sobrenome e talvez se tornar presidente, como sua avó sonhava, mas as circunstâncias o obrigaram cada vez mais a fazer escolhas difíceis. Então a grande diferença entre Coriolanus e Katniss talvez seja o altruísmo, já que, obrigado a escolher diversas vezes, o brilhante Coriolanus acabou trilhando um caminho árduo, mas com foco em proteger a única pessoa que ele não poderia perder: a si mesmo.

Entre testes e traições, Snow descobre que a humanidade possui uma característica perigosa que requer punho de ferro para ser controlada e que nem o amor consegue ultrapassar facilmente. Então, melhor que lidar com as manipulações alheias, Corionalus decide ele mesmo controlar tudo, afinal “Snow cai como a neve. Sempre por cima de tudo”.

Mais uma vez, o trabalho de Suzanne Collins me cativou do início ao fim, principalmente com as diferentes visões sobre a natureza humana que os Jogos Vorazes apresentam. Assim como o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo, um único detalhe também pode definir se uma pessoa abandonará tudo ou decidirá conquistar o mundo a qualquer custo.

Confesso que, no início, eu me perguntei como o virtuoso Corionalus Snow acabaria se tornando o presidente implacável que conheci na trilogia Jogos Vorazes, mas a resposta me deixou bastante satisfeita. Claro, irritada também, porque talvez tudo fosse diferente se o garoto fosse deixado em paz, mas aqueles destinados à grandeza estão fadados a encontrá-la de um jeito ou de outro. E, se o monstro dentro de Corionalus Snow não tivesse sido despertado, talvez minha distopia favorita não tivesse surgido e eu ficaria arrasada.

By Diana.

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