Resenha - O livro do amor - The reaDers

terça-feira, 26 de julho de 2022

Resenha - O livro do amor

 


Henry Copper escreveu seu primeiro romance e tentou vendê-lo por 6 meses, sem sucesso. Então, um belo dia, ele descobre que o livro que só vendeu 2 cópias (sendo uma para ele mesmo) é um sucesso de vendas no México. Sua editora rapidamente o coloca em uma turnê para promover e o escritor inglês vai passar alguns dias no país da América Latina. Chegando lá, no meio da turnê, Henry descobre que o sucesso do seu livro se deve ao fato de que a tradutora simples o reescreveu como um romance erótico picante.

Quero ressaltar, antes de dar minha opinião sincera sobre o filme, que eu entendi a premissa de que Henry deveria descobrir que a paixão e o sexo fazem parte do amor, assim como a Maria deveria entender que o amor existe apesar do sexo. Eu entendi mesmo e achei que a ideia é válida e muito boa. No entanto, eu gostaria muito - muito mesmo - que eles tivessem trabalhado essa ideia sem distorcer questões éticas e profissionais.

Vejam bem, Maria reescreve o livro de Henry que a editora no México lança o livro como se fosse o dele. Tanto a tradutora quanto a editora modificam completamente o livro, removendo tudo que o verdadeiro realmente gostava nele e transformando em algo que ele jamais, em hipótese alguma, teria escrito.

Tá, o livro não vendia, mas (desculpem o palavreado) f0d4-s3!!! É o livro do cara! Eles não podiam ter feito isso e nem mesmo comunicado a situação. Eu teria entrado com um belo de um processo se fosse comigo. Por pior que o livro dele fosse, era dele. Se era pra modificar, então fizesse um livro novo e não usasse o nome dele. Eu fiquei tão indignada com essa situação que não consegui me compadecer da mulher que trabalha tanto para sustentar o filho e não consegue escrever a própria história, não consegue se tornar a escritora que ela sabe que é.

O romance do filme é bem bonito, eu gosto muito de histórias assim, em que o casal precisa se completar para entender o verdadeiro significado do amor, mas vamos ser éticos, ok?! Nada de usar o coleguinha para conseguir se dar bem.

E, se não fosse só isso, no meio do filme somos prometidos com um bebê que teria o nome do escritor e no final eu nem sei se é menino ou menina. Talvez isso até tivesse amenizado minha indignação com essa história.

By Débora.

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