Resenha - A dama mais apaixonada

Três autoras, uma história.

O que acontece quando Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway se juntam para escrever uma história? O resultado não poderia ser menos que incrível, ainda mais quando a história se passa em plena Escócia de 1819 e foge totalmente aos padrões de decoro conduta da sociedade londrina daquela época.

Com um autointitulado casamenteiro dotado de muita extravagância e um desejo não tão sutil assim de conseguir uma pretendente para ele mesmo, as autoras criaram uma pequena confusão que seria estarrecedora se não fosse cômica e apaixonante. Afinal, os métodos casamenteiros de Taran Ferguson envolvem sequestro.

É claro que Taran não contava que a execução do seu plano incluiria levar para seu castelo, com uma tempestade iminente, o indignado duque de Bretton junto com as candidatas a pretendentes de seus sobrinhos. O escocês, porém, não fica tão irritado assim quando o duque começa a se interessar por uma dama que também foi sequestrada por engano, a simpática, mas sem papas na língua, Catriona Burns.

Por outro lado, ninguém esperava que o inflexível e certinho lorde Oakley, um dos sobrinhos de Taran, se aproximaria exatamente da pessoa que mais queria passar despercebida: Fiona Chisholm, para eterno desespero da irmã dela, que estava disposta a se casar com basicamente qualquer homem solteiro presente. Eu não culparia o lorde Oakley, porém, ou a qualquer um dos outros jovens lordes, já que eu mesma queria fugir de Marilla Chisholm a cada cena em que ela estava presente.

Por fim, Cecily Tarleton teve ainda mais dificuldades que Taran para convencer o famoso libertino sem um centavo, Robin (Robert) Parles, de que deveriam se casar. Não que o coração do homem precisasse de convencimento, mas nem sempre a cabeça aceita o que o coração manda, certo?

Fortes e uma mais determinada que a outra, são as mulheres, é claro, e não o nobre escocês, que mudam a forma de pensar dos lindos e jovens nobres sobre não desejarem o casamento. Entretanto isso não acontece sem que as autoras demonstrem que a imagem de uma pessoa perante a sociedade pode não chegar nem perto de quem ela é de verdade e que o amor deve ultrapassá-la para florescer, mesmo em meio a uma tempestade.